O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (18) o arquivamento do inquérito que investigou a participação da deputada federal Clarissa Tércio (PP-PE) nos atos de 8 de janeiro.
Segundo Moraes, é possível a abertura de nova investigação caso surjam “novos elementos”.
A decisão segue o posicionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não identificou crimes cometidos pela deputada.
Clarissa Tércio foi investigada por suposta incitação aos ataques devido a uma publicação nas redes sociais.
Na terça-feira (15), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, reafirmou ao STF o pedido de arquivamento da investigação.
A defesa da deputada informou que não comentaria a decisão.
Em maio de 2023, a PGR já havia se manifestado pelo arquivamento, entendendo que a deputada não havia cometido crime. Esse parecer foi apresentado ainda durante a gestão de Augusto Aras na PGR.
Em resort com a família
Sob Gonet, a PGR solicitou outras informações à Polícia Federal (PF) no inquérito, com o objetivo de verificar se a deputada estava em Brasília durante os ataques de 8 de janeiro.
Com base nas informações apuradas, ela estava com a família em um resort na praia de Muro Alto, em Ipojuca, no litoral sul de Pernambuco.
“O levantamento de voos nacionais em nome de Erica Clarissa Borba Cordeiro de Moura e Jose Ivanildo de Moura Junior [cônjuge da deputada] indica que eles não viajaram de avião em janeiro de 2023”, afirmou Gonet. “A resposta do Condomínio Beach Class, por sua vez, aponta que o casal, acompanhado de familiares, fez check-in no local em 08/01/2023, às 14h35, e check-out em 12/01/2023, às 11h49.”
Essas informações, segundo Gonet, “não alteram o quadro fático delineado nas manifestações anteriores”.
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