A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) pode ser a primeiras universidades do estado a ter cota para pessoas trans.
Isso porque Faculdade de Direito do Recife (FDR), a mais antiga do Brasil, protocolou na última terça (29) um requerimento para estabelecer cotas de ingresso para pessoas trans em todos os cursos de graduação da UFPE.
Na avaliação da FDR, essa iniciativa marca um avanço nas políticas de ação afirmativa da universidade e propõe a criação de uma nova resolução com essa finalidade.
A direção da FDR destacou que o objetivo da proposta é promover a inclusão cidadã e combater as desigualdades enfrentadas pela população trans, um grupo historicamente vulnerabilizado.
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Segundo o documento ao qual o Blog Plural teve acesso em primeira mão, a medida é um passo necessário para corrigir desigualdades sociais e ampliar as oportunidades de acesso ao ensino superior para esse segmento. (Leia o documento ao final)
A construção da proposta contou com uma ampla colaboração, destacando-se a atuação do Núcleo de Identidades de Gênero e Diversidade Sexual da UFPE (NIGS-UFPE) e a contribuição do professor Renan Quinalha, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) também participou ativamente, fornecendo uma Nota Técnica que embasou a elaboração da minuta de resolução.
Se aprovada, a UFPE se unirá a outras instituições públicas que já adotaram cotas para pessoas trans, reconhecendo a importância da educação na promoção da igualdade e no fortalecimento da cidadania para todos os brasileiros.
Essa proposta será analisada pelos órgãos colegiados da UFPE, e a expectativa é que, se aprovada, a nova política de cotas para pessoas trans comece a valer nos próximos processos seletivos da instituição.
Proposta da FDR
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