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Com Raquel de saída, PSDB se vê livre para fechar federação com Solidariedade e PDT

A provável saída da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, do PSDB, está abrindo espaço para que os tucanos trilhem novos rumos no cenário político nacional.

Sem o compromisso de seguir alinhados com a base do governo estadual, o partido agora se movimenta para fechar uma federação com legendas que estão fora do arco de aliança da gestora: o PDT e o Solidariedade.

Nos bastidores, dirigentes das três legendas defendem que está é uma articulação que promete reconfigurar o espectro do chamado “centro democrático”. De acordo com informações da Folha de S. Paulo, Aécio Neves (PSDB), Carlos Lupi (PDT) e Paulinho da Força (Solidariedade) têm mantido diálogos constantes, e a oficialização da federação pode acontecer até o final de novembro.

A federação entre PSDB, PDT e Solidariedade é vista como um esforço para consolidar uma alternativa viável na política nacional, posicionando-se entre a direita e a esquerda tradicionais.

Estima-se que a aliança reunirá cerca de 50 deputados, fortalecendo a representatividade desses partidos no Congresso e promovendo uma plataforma de centro-esquerda com autonomia frente ao governo federal e a governadores.

Esse movimento, além de ampliar o peso político desses partidos, facilita a construção de chapas majoritárias robustas, alavancando lideranças que buscam espaço nos estados.

Marília Arraes beneficiada

A formação dessa federação pode favorecer diretamente Marília Arraes (Solidariedade), ex- deputada federal e uma das principais interessadas no avanço das articulações.

Com a aliança entre PSDB, PDT e Solidariedade, Arraes ganha uma base de sustentação ampliada, podendo pleitear, em igualdade de condições, uma vaga ao Senado na chapa majoritária da Frente Popular.

Ao unir forças com partidos que também têm representação e capilaridade, Marília Arraes fortalece seu nome para concorrer a uma cadeira no Senado, beneficiando-se da estrutura partidária da nova federação para expandir sua visibilidade e consolidar sua candidatura em Pernambuco.

A federação possibilita ainda que o Solidariedade dialogue com mais liberdade em alianças locais, beneficiando Arraes na disputa por apoio dentro e fora do estado.

Para o PSDB, essa aliança representa uma nova etapa, em que o partido busca liderar um projeto que amplie o alcance da centro-esquerda e ofereça uma resposta ao desgaste das forças políticas convencionais.

Com a iminente saída de Raquel Lyra, o partido parece determinado a ocupar um espaço independente e a construir pontes com forças progressistas.

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Marcelo Aprígio

Jornalista pela UFPE. Foi repórter de política e economia no Jornal do Commercio e editor de conteúdo do Portal NE10/UOL. DRT 7839/PE.
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