A composição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para o biênio 2025-2027, definida nesta segunda-feira (2), será marcada pela ausência de mulheres em cargos principais.
A única representante feminina será Socorro Pimentel (UB), que ocupará uma das vagas de suplente, um reflexo da baixa participação feminina nas decisões mais estratégicas da Casa.
Entre os 13 membros da Mesa Diretora, que inclui cargos de presidência, vice-presidências, secretarias e suplências, Socorro Pimentel será a única mulher eleita, e sua função será como 7ª suplente.
Esse dado reforça a desigualdade de gênero no parlamento pernambucano, que continua a ser majoritariamente masculino, com as principais funções concentradas em deputados homens.
A eleição deve confirmar, com tranquilidade, nomes como Álvaro Porto (PSDB), reeleito presidente, e Gustavo Gouveia (SD), que foi reeleito 1º Secretário, após disputa acirrada com Francismar Pontes (PSB). Outros cargos, como os de vice-presidentes e secretários, também devem ser preenchidos por deputados do sexo masculino.
Apesar da conquista de Socorro Pimentel como suplente, sua presença na Mesa não altera a predominância masculina nas funções executivas da Alepe.
Organizações e movimentos sociais vêm discutindo a necessidade de maior inclusão das mulheres na política e em cargos de liderança, em um cenário onde as mulheres ainda ocupam espaços limitados nas esferas de poder, como evidenciado por esta eleição.
O papel de Socorro Pimentel como suplente pode ser visto como um símbolo da luta por mais representatividade feminina, mas também evidencia a resistência estrutural que as mulheres enfrentam para alcançar cargos de maior relevância na política estadual.
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