As compras de fim de ano frequentemente levam ao aumento do endividamento entre os brasileiros, especialmente quando não há um planejamento financeiro adequado para as despesas sazonais e os impostos do início do ano, como IPTU e IPVA. Para evitar que a euforia do momento resulte em dívidas, o segredo é o planejamento e organização antecipada para evitar endividamentos, garantir uma saúde financeira equilibrada e proporcionar tranquilidade para lidar com os desafios econômicos que surgem no início do ciclo anual que está por vir.
Despesas como IPTU, IPVA, matrículas escolares, material didático e outras contas fixas pesam no orçamento e exigem organização. Segundo o contador, educador e gestor financeiro da CSMalta, ÍTALO PAZ, a melhor forma de começar o ano sem surpresas é antever as despesas já conhecidas. “Anote os gastos previsíveis, como impostos, matrículas escolares e seguros, e se organize para pagá-los à vista, caso possível, para evitar juros”, recomenda.
Em novembro de 2024, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), indicou que 77% das famílias brasileiras estavam endividadas, um aumento em relação aos 76,6% registrados no mesmo período de 2023. Esse crescimento é atribuído ao maior uso do crédito para compras de fim de ano, como presentes de Natal e liquidações de Ano Novo.
Além disso, a proporção de famílias com contas em atraso atingiu 29,4% em novembro de 2024, o maior patamar desde outubro de 2023. Entre as famílias de menor renda (0 a 3 salários mínimos), o endividamento aumentou para 81,1%, com 37,5% relatando dívidas em atraso e 18,5% afirmando não ter condições de quitar os débitos.
Para evitar o agravo no endividamento, o contador alerta para a importância de criar uma reserva de emergência, mesmo que seja pequena. Afinal, começar o ano com um fundo de emergência pode ser decisivo para evitar dívidas em situações não planejadas, como problemas de saúde ou manutenção de bens. Para quem recebeu o 13º salário, o contador sugere que parte do valor seja direcionada ao pagamento das contas de janeiro. “Muitas pessoas acabam usando o 13º para gastos de fim de ano, mas é importante reservar uma parte para as obrigações de início de ano”, afirma.
Outra dica importante é evitar compras por impulso nas promoções de janeiro. Embora o começo do ano traga liquidações tentadoras, o contador ressalta que é preciso ter cuidado com essas compras desnecessárias. Por fim, o especialista reforça a importância de ter uma planilha ou aplicativo de controle financeiro. “Organizar os gastos em um único lugar permite visualizar para onde o dinheiro está indo e tomar melhores decisões”, conclui, Ítalo Paz
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