O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta sexta-feira (13) revogar a prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão ocorre no mesmo dia em que a Polícia Federal prendeu, no Recife, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, investigado por tentar ajudar Cid a deixar o país de forma irregular.
A soltura de Cid foi determinada pelo plenário do STF, que agora deve impor novas medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de uso de redes sociais, comparecimento periódico à Justiça, restrição de contato com outros investigados e impedimento de deixar o país. Ele havia sido preso em maio por descumprimento de medidas anteriores e por suposta tentativa de interferência nas investigações sobre a articulação de um golpe de Estado.
Já a prisão de Gilson Machado foi autorizada a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa o ex-ministro de obstrução de investigação e favorecimento pessoal. Segundo a investigação, em 12 de maio, Machado procurou o consulado de Portugal em Recife para tentar conseguir um passaporte para Mauro Cid. A intenção, segundo a PF, era viabilizar a saída de Cid do Brasil em meio às investigações. O pedido foi negado pelo consulado, mas a PF acredita que o ex-ministro poderia buscar apoio em outras representações diplomáticas.
Além disso, Gilson Machado é investigado por promover campanhas de arrecadação de recursos para Jair Bolsonaro nas redes sociais, o que também levanta suspeitas sobre movimentações financeiras irregulares.
A PGR solicitou ao STF, além da prisão de Machado, medidas como busca e apreensão de documentos, quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico, cobrindo o período entre janeiro e junho deste ano.
A defesa de Mauro Cid ainda não se pronunciou sobre a decisão do STF. Já a equipe jurídica de Gilson Machado também não divulgou nota até o momento.
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