O Ceasa Pernambuco completa, nesta quarta-feira (16), 63 anos de fundação consolidando-se como a mais antiga central de abastecimento do Brasil e um dos pilares da economia pernambucana. Referência nacional no setor, a autarquia chega à data comemorativa com uma série de transformações recentes voltadas à modernização, eficiência operacional, sustentabilidade e fortalecimento da atuação social.
Nos últimos dois anos, sob a gestão do presidente Bruno Rodrigues, o Ceasa-PE passou por uma reestruturação profunda. A rede elétrica do entreposto foi totalmente requalificada com a instalação de dez novos geradores de 500 kVA e manutenção preventiva contínua — medida que praticamente eliminou as quedas de energia. Na área logística, a substituição da antiga balança por um modelo eletrônico homologado pelo INMETRO e IPEM, com capacidade para até 100 toneladas, trouxe mais precisão e agilidade. O sistema será integrado ao Romaneio Express, tecnologia em fase final de desenvolvimento que permitirá antecipação de pagamentos e controle automatizado de entrada e saída de caminhões via Ceasa Pay.
A infraestrutura também passou por melhorias significativas: novo estacionamento coberto com 140 vagas, reorganização de mais de 5 mil vagas em todo o entreposto e implantação da Central de Segurança Integrada, com vigilância 24 horas e monitoramento por câmeras de alta resolução. Um drone de patrulhamento aéreo — o primeiro entre as Ceasas do país — reforça o controle do perímetro. O espaço ainda ganhou uma base do Corpo de Bombeiros e alojamentos para a Polícia Militar, elevando o nível de segurança interna e no entorno.
Na pauta ambiental, o Ceasa-PE é destaque nacional. O Programa de Compostagem evitou, nos últimos cinco anos, a emissão de mais de 8 mil toneladas de CO₂, conforme dados da UFPE. Além disso, a migração para energia renovável rendeu certificação da Kroma Energia, com redução anual de 397,9 toneladas de CO₂ — equivalente ao plantio de 272 mil árvores.
Outro marco é a criação do LABITEC, Laboratório de Inovação Tecnológica do Ceasa, em parceria com o Porto Digital e a Secretaria de Desenvolvimento Agrário. O espaço desenvolve soluções digitais, como o CeasaMais, primeiro marketplace do Brasil criado por uma central de abastecimento, e o AgriTrace Vegetal, sistema que rastreia a origem dos alimentos em parceria com a ADAGRO, APEVISA e Ministério Público, reforçando a segurança alimentar.
Em governança, o Ceasa-PE concluiu a adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e investiu em infraestrutura básica, como drenagem, pavimentação e modernização dos portões de acesso — com destaque para o Portão 5, digitalizado, e o 6, em construção.
Na área social, o programa Sopa Amiga ampliou expressivamente sua produção: de 350 mil para mais de 1,1 milhão de porções anuais distribuídas a 119 instituições. Internamente, houve investimentos em qualidade de vida dos trabalhadores, com novos vestiários, copa, áreas de convivência e melhorias administrativas.
O projeto de interiorização, com a criação dos mini Ceasas, busca expandir o modelo do Recife para cidades estratégicas, fortalecendo a agricultura local e reduzindo perdas no escoamento da produção.
Para Bruno Rodrigues, o momento é de celebração e continuidade. “Estamos reconhecendo um legado que honra o passado e projeta o futuro. Como diz nossa campanha de 63 anos: o Ceasa não parou no tempo — ele está à frente dele”, afirmou o presidente.
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